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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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E essa pressa louca

que não cessa,

abunda a vida pouca

e me estressa.

Arremessa ao vício do passo a passo

à beira do precipício,

cujo único "benefício"

é me afastar de mim,

a quem não mais alcanço.

Sequer reconheço

quem eu era no começo.

E se não sei quem fui,

desorientado estou,

amanhã sequer serei.

E essa pressa louca

que não cessa?


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Brota, ó amor,

na unidade dos nossos corpos,

no emaranhado das nossas almas

inquietas pelos traumas que nos modelam.


Almas inquietas, também,

por se fundir numa só existência.

Estais em minhas veias,

assim como a acompanho

no iludir do cantado sonho

por um profeta criado

pela minha imaginação.


Brota, ó amor,

na unidade dos nossos corpos

efervescentes pela paixão,

enquanto ainda há tempo.


Amanhã, quem sabe,

na mudança do vento,

mesmo contrariado,

poderei partir sedento

plantando em ti

um coração difamado.


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Há vontade que fica,

que dá e não passa.

Há vontade rica que persiste

como uma traça que insiste

em consumir o coração.

Essa vontade é um sintoma

do vírus da paixão.

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