Brota, ó amor,
na unidade dos nossos corpos,
no emaranhado das nossas almas
inquietas pelos traumas que nos modelam.
Almas inquietas, também,
por se fundir numa só existência.
Estais em minhas veias,
assim como a acompanho
no iludir do cantado sonho
por um profeta criado
pela minha imaginação.
Brota, ó amor,
na unidade dos nossos corpos
efervescentes pela paixão,
enquanto ainda há tempo.
Amanhã, quem sabe,
na mudança do vento,
mesmo contrariado,
poderei partir sedento
plantando em ti
um coração difamado.
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