Um imenso portal de beleza ímpar
se abre em altos concretos,
em redesenho da paisagem.
Diante dos meus olhos retos,
incrédulos pela miragem,
o alaranjado do céu candango
no fim de tarde
faz dos prédios em Águas Claras
discretas silhuetas,
como pinturas raras
ante tantos outros planetas.
Entre edifícios, há palavras
que preferem não serem ditas
para dar voz ao silencioso cenário
tão magnífico quanto inaudito.
E ainda que todo o bendito céu
em minutos se torne silhueta
eternizo em minha memória
esse quadro
como obras de arte em museus.
Eis a prova de Deus!
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